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​Os anos 70

Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo em que economias de países como o Japão começavam a crescer.

Nesta época também surgia o movimento da defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo".

Eclodiam nesta época os movimentos musicais do Rock and Roll, das discotecas, e também do experimentalismo na música erudita. Na moda dos anos 70 usou-se de tudo, variando de estação para estação.

No início da década os hippies foram uma grande influência, utilizamdo-se diversos acessórios e tecidos, mas a paz e o amor foram cedendo lugar à música disco.

Estilo hippie

      Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos Camurças com franjas; Estilo apache; Estilo safári; Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas; Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos; Estampas florais, e psicodélicos em quantidade; Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras; Bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo; Botas de camurça e sandálias de plataforma.

Era a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco. O antigo conceito de exclusividade caducou e a massificação dominou o mercado. A criatividade aposentou o termo chic que, entre muitos outros, foi substituído por kitsch, punk, retrô.



      Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas.

Além disso, o unissex entra na moda com suas boca-de-sino e sapatos plataforma. A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days. O estilo Liberty (padronagens com mini flores) adornados com bordados eram usados tanto nas roupas como nas bolsas.



      As bolsas com armação de metal, e as de estilo envelope, usadas na década de 30, voltaram a ser usadas. Entre as tendências sociais que contribuíram para o crescimento da disco music estão o aumento de consumo de gravações musicais entre negros e hispânicos acima do consumo do público branco, além do aumento da independência financeira das mulheres, da liberação gay e a revolução sexual (conforme Jones and Kantonen, 1999).

A noite brilha: pistas de dança, Bee Gees na vitrola e roupas cintilantes dão o tom da nova onda disco, que invade o planeta.

Os brasileiros se rendem à música de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e aos extravagantes Secos & Molhados. No cinema, Guerra nas Estrelas e Os Embalos de Sábado à noite estouram bilheterias. Desde filmes e séries de tv, as roupas apresentavam um look completamente psicadélico, mas adequado ao pensamento e imaginação daquela época. Desde a roupa, à maquilagem, perucas, adereços, etc. O que acabava por influenciar muitos estilistas na concepção das suas próprias roupas. Quem não se lembra do filme Barbarella, com Jane Fonda, e as suas reduzidas roupas futuristas, ou então as roupas usadas pelos tripulantes da base Lunar Alfa da série dos anos 70.

Estilo punk

      Durante a década de 70 o mundo se encontrava no auge da guerra fria em constantes transformações, epor isspara a formação de movimentos sociais. E foi nas periferias da Inglaterra, que surgiu um dos movimentos mais importantes deste século: O movimento Punk.



      Jovens marginalizados pela sociedade, pobres e desempregados, começam a chocar a sociedade pelo seu modo agressivo de ser, de se vestir, e de agir. Tudo é contestação para os Punks, eles defendiam o Anarquismo e a total liberdade individual, e manifestavam a sua rebeldia contra a hipocrisia, os privilégios, a sociedade consumista, e as desigualdades sociais, principalmente através de um novo estilo musical criado pelo movimento, o Punk-Rock.

      O Punk Rock se diferenciava do rock comum por ser muito mais radical, rebelde e por debochar de outros estilos musicais. Não demorou muito para que os punks se espalhassem pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde ele ganhou ainda mais força, e onde ocorreu o surgimento das primeiras bandas punks, como os Ramones, que se distanciavam do rock tradicional. Com a popularização do movimento, surgiram diversas bandas como Sex Pistols. A banda, que antes era de punk-rock comum passou a ser mais provocadora e radical, usando símbolos anarquistas revolucionários e debochando da sociedade e dos valores políticos, morais e culturais.

A era disco

      O início da era disco, como ficou mais conhecida, por pouco não coincidiu com o estouro do punk rock. Dois gêneros dispares, mas que foram oxigenados pelo mesmo denominador comum: o rock progressivo, que aos poucos ia perdendo sua força, afinal não era nada fácil dançar e curtir a noite com músicas viajantes de mais de 20 minutos. E o que a molecada queria era festejar.

      Não se sabe muito bem quando o movimento surgiu, mas muita gente considera o ano de 1974 como o verdadeiro começo da era disco. Neste ano dois fatos marcaram a época: o estouro dos clubes em Nova York, Filadélfia e Miami, embalados por gravações de Gloria Gaynor, com o hit Never Can Say Goodbye, Doona Summer, com o seu primeiro disco, Lady of The Night e o sucesso do grupo Abba, Waterloo. Além de várias outras músicas que aos poucos foram se tornando hits nas pistas.

      No Brasil, a disco durou bem mais do que lá fora, culpa de DJ´s como Iraí Campos e Cia, que insistiam em continuar tocando os clássicos de 77, 78, 79, lá pelos idos de 84, 85, e pior, misturando tudo com a new wave, que chegava por aqui na mesma época. Uma verdadeira salada que só poderia rolar em terras abaixo do Equador. Casas clássicas com TOCO em São Paulo, Hipopotamus e Papagaios no Rio, davam a tônica e sustentavam o estilo. Até uma filial do lendário clube nova-iorquino, Studio 54, foi aberta em São Paulo, pelo empresário Roberto Amaral, não durou muito. Na TV a Rede Globo abraçou o estilo com Dancing Days, que destacou artistas como Frenéticas, Ronaldo Resedá, Lady Zu entre outros. Fora que todos os outros apresentadores de TV, em outros canais, também aproveitaram a onda pra faturar, até mesmo Flávio Cavalcante, mais famoso por quebrar discos, que ele não gostava, no ar.



     



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